A remoção de cones de prata durante o retratamento endodôntico pode ser muito difícil e algumas vezes uma tarefa impossível. Este artigo relata um caso clínico de retratamento endodôntico de um molar inferior com sobreobturação de cone de prata no canal mésio-vestibular. Após o acesso coronário, uma lima K foi utilizada para explorar a interface entre o cone de prata e as paredes dentinárias. Posteriormente, uma ponta ultrassônica foi usada para deslocar os cones e a pinça de Steiglitz para removê-los de dentro dos canais. O cone de prata sobreobturado no canal MV fraturou-se e não foi possível a sua remoção. Após o preparo químico-mecânico e três trocas de medicação intracanal à base de hidróxido de cálcio, com intervalos de 3 meses, foi observado que as lesões periapicais das raízes distal e mesial regrediram drasticamente. Após follow-up de 18 anos, constatou-se sucesso do retratamento.