A atrofia da mandíbula, normalmente encontrada em pacientes idosos ou em virtude da perda dentária precoce, torna tal osso mais suscetível a fraturas e a qualidade do tecido, prejudicada por alterações fisiológicas, torna o reparo dessas fraturas mais complexo. O manejo de tais lesões deve levar em consideração a idade e a condição sistêmica do paciente, o tempo decorrido desde o trauma e a complexidade do dano. As opções de tratamento visam redução e imobilização da fratura a fim de restaurar forma e função adequadas. Em fraturas de mandíbulas atróficas o tratamento conservador, com fixação intermaxilar não costuma ser uma opção viável pela falta de dentes e pequena área de contato ósseo existente. Dessa forma, redução aberta e fixação interna estável tem sido o tratamento de escolha sempre que a condição do paciente permite a abordagem cirúrgica e o uso de sistemas de maior perfil como as placas de reconstrução 2,4 de travamento está bem indicado por se enquadrar ao princípio de carga suportada. Este relato descreve o tratamento cirúrgico de fratura unilateral em mandíbula atrófica, por meio de acesso extrabucal, em paciente de 70 anos de idade. A fratura foi fixada com placa de reconstrução do sistema 2,4 de travamento. Após acompanhamento ambulatorial a paciente recebeu alta sem prejuízos de natureza estética ou funcional.