Muitos esforços estão sendo colocados no aprimoramento de ferramentas que auxiliem e guiem futuros estudos. Um exemplo é a autoavaliação da saúde. Este indicador se tornou importante pois, além de ter validade estabelecida por suas relações com as condições clínicas e com os indicadores de morbidade e mortalidade, nos permite avaliar as necessidades do entrevistado e como essas influenciam sua rotina e relações pessoais.O presente estudo é transversal, observacional e analítico e foi realizado através das atividades extensão universitária interdisciplinar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com 215 pessoas maiores de 18 anos de idade abrangidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF) da Unidade Básica de Saúde (UBS) Augusta Meneguine Viamão, RS. Estas pessoas responderam a um questionário com respostas fechadas a fim de obter seu grau de conhecimento e satisfação com relação à sua saúde bucal. Como resultados, 73% dos participantes consideraram-se sorridentes, 45,6% não haviam recebido nenhuma instrução de higiene bucal anterior ao questionário, 50,7% não estavam conscientes sobre a importância da saúde bucal em relação a sua saúde geral ou sabiam um pouco a respeito do assunto, 43,3% dos participantes pontuaram sua situação dentária abaixo da nota 5, pacientes sorridentes possuíam uma autopercepção melhor de sua saúde bucal e indivíduos que já haviam recebido instrução de higiene bucal pontuaram sua situação clínica dentária com notas mais altas. Concluindo, observou-se que esta população não está satisfeita com sua saúde bucal, no entanto, isto não afeta totalmente a autoestima individual, visto que em sua maioria se consideram pessoas sorridentes.