O objetivo deste estudo foi avaliar a condição de higiene oral de pacientes usuários de próteses parciais fixas (PPFs) por meio de um questionário e exame clínico. O questionário abordava o histórico das PPFs e os metodos de higiene oral empregados, e o exame clínico, o tipo de material utilizado para confecção das PPFs, a localização da linha cervical (LC), o índice gengival (IG) e o índice de placa (IP). O IP e o IG foram avaliados nos dentes remanescentes (G1) e nos dentes pilares da prótese (G2) conforme critérios de Löe; para esses índices foram adotadas as medianas para análise estatística, sendo aplicado o teste de Qui-quadrado. Foram avaliados 50 pacientes portadores de 65 PPFs das quais 78,5% tinham até 5 anos de uso sendo em sua maioria metalocerâmicas (64,6%). Com relação aos métodos de higiene, 58% dos pacientes utilizavam escova macia; 62% escovavam seus dentes 3 vezes/dia; 66% dos pacientes não tiveram dificuldades para higienizar após a instalação da prótese apesar de 80% não terem recebido instruções de higiene oral; a maioria não foi informada sobre retornos periódicos. Não houve diferença estatística significante entre G1 e G2 com relação ao IP diferentemente da comparação entre o IG dos dois grupos, com maior inflamação gengival no G2 (p=0,0021). Coroas com linha cervical intra-sulcular apresentaram melhor IP (p=0,001) e as subgengivais pior IG (p=0,002). Concluiu-se que os pacientes usuários de PPFs apresentaram dificuldade para higienizar a prótese, evidenciando a necessidade de reforço dos métodos de higiene oral nesta região.