Objetivos: Este estudo avaliou a qualidade de imagens radiográficas expostas em consultórios odontológicos e processadas nos próprios consultórios por cirurgiões-dentistas e/ou auxiliares ou em laboratório, por pesquisadores. Métodos: Dezoito consultórios odontológicos participaram da pesquisa. Cada um recebeu um par de caixas de filmes periapicais Kodak Ektaspeed, os quais foram expostos conjuntamente, com um molar inferior extraído. O tempo de exposição variou em função do consultório odontológico. A auxiliar e/ou o cirurgião-dentista realizaram o processamento de um dos filmes, com as mesmas técnicas e recursos utilizados habitualmente (Grupo 1). O outro filme foi processado por pesquisadores em no Laboratório de Metrologia da Universidade de Pernambuco (Grupo 2). Por meio de questionário, dois radiologistas avaliaram a nitidez, densidade, contraste, definição do esmalte, dentina e junção amelodentinária, erros presentes nas imagens e se cada imagem podia ser suficiente para um bom diagnóstico. A análise estatística foi analisada utilizando o teste do Qui-quadrado e o teste exato de Fisher. Resultados: O Grupo 2 demonstrou maior número de radiografias com baixa densidade e radiografias escuras (p<0,05). O Grupo 1 apresentou maior número de radiografias claras, com pontos escuros, pontos marrons e radiografias arranhadas (p<0,05). Não houve diferença estatística significante em relação à nitidez, contraste, definição do esmalte, dentina e junção amelodentinária, presença de pontos claros e capacidade de levar a um bom diagnóstico (p>0,05). Conclusões: Este estudo sugeriu que imagens radiográficas produzidas em consultórios odontológicos apresentam imperfeições na técnica de execução e no processamento. Entretanto, apesar da importância do correto processamento radiográfico, a sobre-exposição de filmes foi a maior causa de falhas na qualidade da imagem.