A densidade óssea é um fator influente na estabilidade primária de implantes odontológicos, podendo comprometer o sucesso clínico do tratamento reabilitador. Ossos sintéticos têm sido utilizados como substitutos ósseos para análise da estabilidade primária de implantes devido à sua similaridade aos ossos naturais, com a vantagem de serem homogêneos e se apresentarem em diversas densidades. Objetivo: Avaliar poliuretanas de diferentes densidades, utilizadas como osso sintético para inserção de implantes, através de ensaios mecânicos de compressão e flexão. Material e método: Ensaios mecânicos de compressão e flexão foram realizados em 120 corpos de prova de poliuretanas de 10 PCF (0,16 g/cm3), 15 PCF (0,24 g/cm3), 20 PCF (0,32 g/cm3) e 40 PCF (0,64 g/cm3), e os resultados foram analisados através dos testes ANOVA e Tukey (α=5%). Resultados: O ensaio de compressão mostrou que a poliuretana de 0,64 g/cm3 apresentou os maiores valores de força máxima, com diferença estatisticamente significante (p<0,05) dos demais grupos: 0,16 g/cm3 = 0,24 g/cm3 < 0,32 g/cm3< 0,64 g/cm3. Para o ensaio de flexão, foram analisadas duas propriedades: 1- tensão na força máxima: as poliuretanas apresentaram comportamento semelhante ao observado no ensaio de compressão; 2- deformação na tensão máxima: 0,64 g/cm3 apresentou os menores valores de deformação (p<0,05). Conclusão: A poliuretana de maior densidade é a mais indicada para ensaios mecânicos com implantes.