Sabe-se que os localizadores apicais eletrônicos fundamentam-se na emissão de correntes de freqüência em KHz que promovem sua localização apical baseada em quociente resultante ou subtração dessas. Frente a reabsorções radiculares apicais, pode haver alteração na leitura dessas medidas, levando ao comprometimento de seus resultados. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a interferência sofrida por esses aparelhos quando utilizados em situações simuladas de reabsorções apicais na obtenção das medidas de odontometria. Para a realização desse estudo in vitro, foram utilizados 40 dentes unirradiculares extraídos (caninos inferiores) com o mesmo padrão de volume na região apical, utilizando-se apenas a sua porção radicular. Inicialmente, cada dente, teve seu comprimento determinado visualmente, com uma lima tipo k no 10 até o aparecimento desta no forame apical, de onde se recuou 1mm, definindo a medida do comprimento de trabalho (CT). A medida foi tomada novamente com a utilização do aparelho localizador Root ZX para o CT. Logo após, foi preparado um desgaste lateral padronizado na região apical a 4mm do ápice. A medida foi tomada novamente com o aparelho, e as mesmas foram registradas e avaliadas estatisticamente. Os resultados mostraram que o Root ZX foi preciso em até 100% dos casos quando consideradas variações de 1mm aquém, e até 0,5mm além da medida pré-determinada para o CT. Por meio desta comparação, constatou-se que o localizador apical foi eficaz, mostrando-se um método confiável. Entretanto, não foi detectada nenhuma variação significativa quando da presença de reabsorções radiculares simuladas.