Este estudo teve como objetivos: identificar a rotina de descontaminação das canetas odontológicas de alta rotação e verificar a ação bactericida e fungicida do álcool etílico a 70% na descontaminação dessas canetas segundo a rotina adotada para o reprocessamento em sete Unidades Básicas de Saúde do município de Goiânia. Coletou-se 70 amostras de 19 canetas de alta rotação após o uso do álcool etílico a 70%, entre atendimentos. As condutas relacionadas ao processo de descontaminação apropriado para a caneta de alta rotação não eram realizadas por qualquer dos responsáveis técnicos pelo seu reprocessamento, o que contraria as recomendações de que as canetas de alta rotação devem ser esterilizadas entre atendimentos. Após o uso do álcool etílico a 70%, identificou-se a presença de microrganismos potencialmente patogênicos na superfície da caneta de alta rotação. O álcool etílico a 70% sem limpeza prévia foi predominante nos processos de descontaminação de canetas de alta rotação entre atendimentos e o mesmo não foi eficiente para inativar os microrganismos para os quais está provada a sua ação biocida.