A hipomineralização molar incisivo (HMI) afeta negativamente a qualidade de vida e a autopercepção estética das crianças. O tratamento é um desafio devido às dificuldades na adesão do material restaurador e no mascaramento das opacidades. O objetivo é relatar um caso de HMI enfatizando o diagnóstico e a percepção da criança sobre os dentes e o tratamento restaurador. Um menino, de 12 anos, queixou-se de incômodo com a aparência dos incisivos que tinham opacidade demarcada e perda de estrutura por quebra pós-eruptiva. Ele relatou que a aparência dos dentes o incomodava, preocupava e que o impedia de sorrir espontaneamente. No exame clínico, verificou-se opacidade demarcada e amarelada nos dentes 21, 41, 16 e 26, associada com perda de estrutura nos incisivos e no 16. Os incisivos foram restaurados com resina composta e, para os molares, realizou-se o enceramento para confecção de matrizes de silicona e posterior restauração com cimento de ionômero de vidro. Ao final do procedimento, notou-se satisfatória recuperação estética e anatômica dos dentes com HMI. Após seis meses, observou-se que as restaurações estavam satisfatórias e que houve melhora na percepção sobre a aparência dos dentes. Nesse caso clínico, houve recuperação do aspecto estético e melhoria na percepção da criança sobre os dentes. Acompanhamentos periódicos são necessários para avaliar a sobrevida das restaurações em longo prazo.