A humanização em saúde acontece na relação interpessoal entre os profissionais e os pacientes, com o intuito de garantir os direitos de ambos. No atendimento odontopediátrico, o uso de técnicas não farmacológicas de manejo comportamental é um fator fundamental para o atendimento humanizado de crianças. Em alguns casos, técnicas farmacológicas, como a sedação, são indicadas para o manejo comportamental em pacientes odontopediátricos. O objetivo do presente relato de caso foi avaliar o comportamento de uma criança atendida sob sedação, e as percepções da mãe e do profissional nas sessões de tratamento. Participou uma menina de 2 anos e 7 meses de idade com necessidade de tratamento odontológico e comportamento desafiador no primeiro dia de atendimento, sua mãe e dois odontopediatras. Analisou-se oito sessões de tratamento dessa criança, sob sedação com midazolam e cetamina, quanto a: comportamento da criança, percepções da mãe e dos cirurgiões-dentistas (CD) sobre a sedação (dor percebida na criança, própria ansiedade e satisfação com o atendimento). Foi observado, na maior parte das sessões, um bom comportamento da criança sob a perspectiva do CD, que relatou se sentir pouco estressado. A mãe se sentiu estressada, e relata sua perspectiva de que a criança sentiu pouca dor, também descrita pelo CD. Sabendo da grande dificuldade no atendimento odontopediátrico com comportamento desafiador, a sedação, além de sua importância diante das crianças, favorece a satisfação dos profissionais e responsáveis.