Para minimizar o risco de contaminação pelo COVID-19 foram propostas mudanças no atendimento odontológico e medidas adicionais de biossegurança. Pouco se sabe sobre a adesão dos odontopediatrias a essas orientações. Os objetivos deste estudo transversal foram verificar o impacto da pandemia de COVID-19 no atendimento odontopediátrico e se os odontopediatras adotaram procedimentos minimamente invasivos (PMI) para manejo da cárie dentária durante este período. Um formulário eletrônico foi enviado aos odontopediatras regularmente inscritos no Conselho Regional de Odontologia – Goiás (CRO-GO). Foram obtidas informações sobre o participante (idade, sexo, tempo de formação, local de trabalho), alterações nos atendimentos e uso de PMI antes e durante a pandemia. Os dados foram analisados descritivamente e a proporção de uso de cada PMI antes e durante a pandemia foi comparada com o teste de McNemar. Setenta odontopediatras participaram do estudo. Redução do número de agendamentos e reagendamento da criança em casos de suspeita de COVID-19 foram relatadas por 97,1% e 95,7% dos participantes, respectivamente. A triagem do paciente antes da consulta foi relatada por 81,4% dos odontopediatras. Não houve diferença significativa no uso de PMI ao se comparar os períodos antes e durante a pandemia. Aplicação de resina infiltrante (antes da pandemia 14,3%; durante 8,6%), de diamino fluoreto de prata (41,4%; 41,4%) e uso de coroas de aço (técnica de Hall) (12,9%; 8,6%) foram os procedimentos menos frequentes. A pandemia alterou, principalmente, o agendamento dos pacientes pediátricos. Os PMI foram adotados independente da pandemia de COVID-19.