Este trabalho avaliou a influência do tratamento com Trióxido Mineral Agregado (MTA) em perfurações da dentina radicular na resistência de união push-out de pinos de fibra de vidro unidos com cimento resinoso autoadesivo. Foram selecionados 30 dentes incisivos inferiores bovinos com dimensões semelhantes, que tiveram suas coroas cortadas, permanecendo remanescente radicular de 16mm. As raízes foram tratadas endodonticamente, e sofreram perfurações de 0,5mm e 1,0mm de diâmetro nos terços cervical, médio e apical, que foram posteriormente restauradas com MTA (MTA, Angelus). Realizou-se a desobturação de 10mm para o pino de fibra de vidro (Whitepost, FGM) que foi cimentado com cimento resinoso autoadesivo (Relyx U200, 3M ESPE). As amostras foram divididas, aleatoriamente, em três grupos, segundo a perfuração na raiz: Grupo I- sem perfuração (controle); Grupo II- perfuração de 0,5mm; e, Grupo III- perfuração de 1,0mm. Os espécimes confeccionados foram cortados no terço cervical, médio e apical do pino, obtendo espécimes com 3,0 mm de altura, levados à máquina de ensaios universal, com carga de 50Kgf e velocidade de 0,5 mm/min, para teste de resistência ao cisalhamento push-out. A análise dos resultados foi feita com o teste ANOVA e Teste de Tukey (α=0,05). Os resultados obtidos não apresentaram diferença estatística na resistência de união entre os grupos (p>0,05), somente no grupo controle houve maior resistência de união no terço cervical que nos terços médio e apical. Conclui-se que a perfuração radicular até 1,0mm, tratada com MTA, não comprometeu a resistência de união de pinos de fibra de vidro cimentados com cimento resinoso.