Objetivo: Investigar os aspectos clínicos e epidemiológicos da fratura radicular na dentição permanente. Material e Método: A amostra do estudo foi composta por pacientes atendidos no serviço de urgência odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás, entre os anos de 1990 e 2003. As seguintes informações foram coletadas dos registros odontológicos de cada paciente: gênero, idade, fator etiológico, distribuição sazonal, estágio de desenvolvimento radicular, grupo dentário, número de dentes fraturados, tempo entre o trauma e o atendimento, direção, localização e número de fraturas, local do acidente, traumatismo associado e tratamento realizado. Resultados: Observou-se elevada ocorrência de fraturas radiculares em indivíduos do gênero masculino (60,86%) e com idade entre 11-20 anos (43,48%). O principal fator etiológico foi a queda (56,52%). Elevado número de traumatismos foi evidenciado no outono (47,82%), sendo o incisivo central superior (85,19%) o dente mais comumente afetado. Grande proporção dos dentes traumatizados apresentava rizogênese completa (66,67%). A maioria dos dentes apresentaram fratura horizontal (81,48%) e deslocamento do fragmento (85,19%). Vinte e quatro dentes apresentaram fratura simples (88,89%). Quatorze pacientes sofreram a fratura radicular em ambiente externo (60,87%). A maioria dos pacientes teve atendimento tardio (43,48%), sendo que em quinze pacientes a contenção foi realizada (65,22%). O tratamento mais comumente executado foi o acompanhamento clínico e radiográfico (33,33%). Conclusões: Verificou-se elevado número de fraturas radiculares em indivíduos do gênero masculino, com idade inferior a 20 anos, decorrentes de quedas e envolvendo principalmente dentes superiores anteriores.