Introdução: A época de erupção dos terceiros molares inferiores pode coincidir com o apinhamento dos incisivos inferiores. O terceiro molar como um dos fatores etiológicos do apinhamento anteroinferior ainda não é completamente aceita e pode levar a tratamentos desnecessários e incerteza dos resultados do tratamento ortodôntico. Objetivo: Correlacionar o espaço retromolar e o apinhamento dentário anteroinferior. Material e Métodos: Foram avaliados 21 pacientes com maloclusão de classe I de Angle, que apresentavam radiografia cefalométrica em norma lateral e modelos de estudo de gesso. Foram coletadas informações sobre idade, sexo, etnia. Foram determinados o padrão de crescimento facial e a distância retromolar dos participantes por meio de análise da radiografia cefalométrica, o índice de irregularidade de Little foi calculado, a partir da análise de modelos, para determinar a severidade do apinhamento dentário. A radiografia panorâmica foi utilizada para avaliar a presença e a posição dos terceiros molares. Resultados: O padrão mesofacial foi o mais frequente (66,7%), seguido pelo braquifacial (33,3%). A maioria dos pacientes apresentavam apinhamento moderado (52,4%), seguido por apinhamento mínimo (28,6%). Não houve diferença estatisticamente significante no índice de Little considerando a tipologia facial. Não houve correlação entre o espaço retromolar e o índice de Little. Conclusão: Não há correlação significativa entre o espaço retromolar e apinhamento dentário, sugerindo que a presença do terceiro molar não tem influência no apinhamento anteroinferior.