Objetivo: identificar se a autopercepção de saúde bucal de um grupo de adolescentes puérperas corresponde ao estado clínico. Materiais e métodos: estudo descritivo, do tipo transversal. A coleta de dados ocorreu pela aplicação de questionário estruturado e do exame clínico da cavidade oral. Resultados: participaram 80 adolescentes puérperas com idades entre 13 e 17 anos. A maioria (59%) não recebeu informações sobre saúde bucal e gravidez. A consulta odontológica durante a gestação foi efetuada por 50%, tendo como motivo mais frequente (67,5%) a consulta de rotina. A maioria (70%) não utiliza fio dental e 52,5% referiram escovar os dentes três vezes ao dia. A condição de saúde bucal regular foi citada por 53%, seguida pelo nível bom (35%) e ruim (12%). Acredita ser portadora de cárie foi citado por 55% e 71% não perceberam alterações na gengiva. O CPO-D médio do grupo foi de 2,8. O exame periodontal demonstrou que 59% apresentaram todos os sextantes saudáveis; 26% tinham, pelo menos, um sextante com sangramento; 5% com presença de cálculo dental e sangramento após sondagem; 10% com bolsa periodontal de 4 a 5 mm. Houve uma relação significativa entre percepção de cárie e avaliação clínica (p=0,00) e entre CPITN e percepção da condição de saúde bucal (p=0,03). Conclusão: Apesar das aproximações entre percepção e dados clínicos não se pode afirmar que melhores valores de CPO-D e de CPITN estejam efetivamente relacionados a uma melhor percepção sobre saúde bucal.