Introdução: As alterações que ocorrem no processo de odontogênese são denominadas anomalias dentárias e são classificadas quanto à forma, como geminação, fusão, concrescência, dilaceração, cúspide em garra, dens in dente, taurodontia, micro e macrodontia, quanto ao número: dentes ou raízes supranumerários e agenesias e quanto posição, como transmigrações ou ectopias. Objetivo: Determinar a prevalência das anomalias dentárias radiografias de prontuários de pacientes atendidos na clínica de uma Instituição de Ensino Particular. Material e Métodos: Análise de 300 radiografias panorâmicas em negatoscópio, iluminado por duas lâmpadas fluorescentes de 20 watts cada, recoberto com máscara preta, com uma abertura central medindo 15x30 cm onde o filme panorâmico foi fixado, realizadas em ambiente escuro e, com o auxílio de lupa (aumento 2X) e interpretadas conjuntamente por dois observadores calibrados. Os achados radiográficos foram registrados em tabela própria, constando número prontuário, gênero, presença de alterações e anomalias dentárias de forma, número e posição. A análise estatística descritiva foi realizada pelo cálculo da frequência e percentual de acometimento e relações entre gênero e alterações dentárias encontradas. Resultados: Ocorrência de dilacerações (3,32%), dentes cônicos (1%), taurodontia (0,66%), dens in dente (0,33%) e cúspide em garra (5,66%), em relação às anomalias de tamanho observaram-se microdontias (5,33%), nos distúrbios de posição ocorrência como erupção ectópica (0,33%) e em casos de alterações de número, dentes (4,32%) e raízes supranumerárias (0,66%), sem diferenças estatísticas entre os gêneros. Conclusão: A prevalência de variações anatômicas em dentes permanentes é baixa, porém não rara, sem distinção entre os gêneros, mas de significado clínico por induzir, em algumas situações, o comprometimento pulpar ou dificultar terapias odontológicas.