O cisto odontogênico glandular (COG) é o cisto de desenvolvimento mais agressivo e raro dentre todos os odontogênicos, portando características epiteliais glandulares ou salivares. O presente artigo visa retratar uma abordagem mais conservadora para esta importante lesão, no sentido de minimizar a morbidade decorrente da abordagem mais radical. Paciente com 57 anos, leucoderma, assintomático e edêntulo, compareceu ao ambulatório de estomatologia com notável expansão no fundo de saco vestibular e rebordo inferior direito, com tempo indeterminado de evolução. Os exames imaginológicos revelaram uma lesão radiolúcida unilocular extensa e bem delimitada na região anterior da mandíbula. Nas condutas propedêuticas, foi realizada uma punção aspiratória positiva para líquido cístico seguido de biópsia incisional. Diante destes achados, a marsupialização foi realizada no sentido de se conseguir a redução das dimensões lesionais, seguido da enucleação com estectomia periférica após 9 meses. Nos primeiros 2 anos de proservação o paciente mantém-se sem recidivas e em constante acompanhamento. Conclui-se que o dentista pode preferir o método conservador pela técnica de marsupialização seguida de enucleação na abordagem de extenso cisto odontogênico glandular, desde que haja colaboração do paciente nos cuidados pós-operatórios.