Objetivo: Avaliar a citotoxicidade de um agente clareador contendo 2% de gluconato de cálcio (GC) sobre células pulpares humanas (HDPCs). Materiais e Métodos: Discos de esmalte-dentina adaptados em câmaras pulpares artificiais (CPAs) foram posicionados em compartimentos de forma que a dentina permaneceu imersa em meio de cultura, enquanto que o esmalte foi submetido ao clareamento com géis a 20% de H2O2 contendo ou não GC, durante 1x 45, 1x15 ou 1x5 minutos. No controle positivo foi realizado clareamento com 35% de H2O2 aplicado por 1x 45 minutos, sendo que no controle negativo nenhum tratamento foi realizado sobre o esmalte. A viabilidade celular (teste do MTT) e a difusão trans-amelodentinária de H2O2 (violeta leuco-cristal/peroxidase) foram avaliadas (ANOVA/Tukey a = 5%; n = 8). Resultados: Foi observada redução significativa na viabilidade celular em todos os grupos clareados quando comparados ao controle negativo (p < 0,05); no entanto, os grupos expostos aos géis contendo 20% de H2O2, com ou sem GC, apresentaram valores de viabilidade celular significativamente superiores ao controle positivo (p < 0,05). A redução da viabilidade celular e a difusão de H2O2 residual para os grupos clareados com 20% de H2O2 foi proporcional ao tempo de contato dos produtos com a superfície dental, sendo que a presença de GC resultou em minimização significativo do efeito tóxico/difusão de H2O2 para os protocolos 1x 15 e 1x 5 min (p < 0,05). Conclusão: A presença de 2% de GC nos géis com 20% de H2O2 resulta em redução da difusão de H2O2 residual pela estrutura dental e do efeito citotóxico sobre células pulpares humanas, quando o produto é aplicado por curtos períodos sobre a superfície dental.