Objetivo: Avaliar a prevalência de parestesia decorrente do tratamento endodôntico no município de João Pessoa-PB. Materiais e métodos: A amostra foi constituída por 48 endodontistas cadastrados no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Os dados foram coletados através de formulário, entregue aos especialistas em seus consultórios. As variáveis estudadas foram: fatores etiológicos, sintomatologia, nervo mais acometido, tratamento, tempo de remissão, tempo de formado e tempo de especialista. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial. Os testes utilizados foram o Exato de Fisher, o t-Student e o F de Levene. O nível de significância foi de 5,0% e o “software” estatístico utilizado foi o SPSS na versão 15. O tempo de formado dos pesquisados variou de 3 a 36 anos e o de especialista variou de 1 a 35 anos. Resultados: 31,3% dos entrevistados apresentaram casos de parestesia, dos quais, 57,9% citaram como fator etiológico a anestesia e 81,3% chegaram ao diagnóstico através da queixa de dormência prolongada pelo paciente. Dos nervos acometidos, o alveolar inferior e o mentual foram os mais citados, com 60% e 33,3% respectivamente. Dos entrevistados 40% afirmaram que os pacientes que tiveram parestesia receberam algum tipo de tratamento, e houve remissão da lesão em todos os casos. Os tratamentos mais realizados foram: a administração do complexo B e a laserterapia. Conclusão: A possibilidade da parestesia decorrente do tratamento endodôntico deverá ser avaliada durante o planejamento do tratamento endodôntico, sendo necessário um melhor conhecimento sobre o assunto, por parte dos profissionais.