Objetivo: Avaliar a correlação entre tempo de uso da prótese, idade do paciente, grau de instrução dos pacientes e qualidade observada da higiene das próteses totais com a presença de estomatite protética. Material e método: Foi aplicado questionário para levantamento dos dados. A presença de biofilme na superfície interna das próteses totais superiores foi inspecionada visualmente. O exame clínico da região palatina nos pacientes foi realizado para avaliar a presença de estomatite protética. Os dados foram analisados por meio dos testes de Correlação de Spearman (tempo de uso da prótese e idade do paciente x estomatite protética), U de Mann-Whitney (gênero e frequência de escovação x inflamação da mucosa; uso contínuo da prótese e instruções do cirurgião-dentista x presença de estomatite protética; instrução do cirurgião-dentista x necessidade de consultas periódicas) e Tau-B de Kendall (higiene da superfície interna da prótese x estomatite protética). Todas as análises foram feitas considerando-se α=5%. Resultados: A maioria dos pacientes não tira a prótese para dormir (91,10%) e relata higienizar esta três vezes ao dia (44,40%). Porém, a higiene das próteses foi considerada precária (53,30%). Nenhum dos fatores investigados relacionados aos relatos dos pacientes influenciou na presença/severidade da estomatite (p>0,05). Entretanto, a higiene observada internamente nas próteses foi inversamente proporcional à presença/severidade da estomatite (p<0,001). Conclusões: Não foi observada correlação entre idade, tempo de uso da prótese, grau de instrução dos pacientes e estomatite protética. Porém, a qualidade observada da higiene das próteses foi considerada precária, estando negativamente relacionada com a prevalência da estomatite protética.