A perda óssea, em resposta à doença periodontal, compromete a estabilidade dentária, e gera desconforto ao paciente. A contenção interdentária pode ser uma opção de tratamento definitivo, destinado principalmente à população carente. Além de possuir baixo custo, é um procedimento conservador e estético que proporciona melhor distribuição de tensão ao tecido de suporte. A paciente O. P. C., 49 anos, gênero feminino, compareceu ao Hospital Odontológico da Universidade Federal de Uberlândia, apresentando sinais clínicos de periodontite, tal como mobilidade dos incisivos centrais e laterais inferiores, inflamação e sangramento a sondagem. O reestabelecimento da saúde periodontal foi obtido através da adequação do meio bucal e o protocolo para estabilização dentária e da perda óssea foi determinado. Optou-se pela técnica de contenção intracoronária com associação de fibras de reforço impregnadas por sistema adesivo e resina composta, do dente 13 ao 23. Nessa mesma sessão, também foi proposto à reconstrução estética e fechamento de diastema empregando resina composta nos dentes anteriores inferiores. Após 13 anos de acompanhamento clínico e radiográfico verificou-se paralização e estabilização da perda óssea, reestruturação da crista óssea e redução da mobilidade dentária. Sendo assim, este relato de caso de contenção interdentária com fibra de vidro e resina composta é mais uma informação segura de que este protocolo pode ser indicado em casos de perda óssea, desde que este seja seguido rotineiramente o protocolo de boa higiene bucal e acompanhamento periódico pelo cirurgião-dentista.