Objetivo: Compreender os motivos da sensação de medo relatada pelo paciente em relação à consulta odontológica (CO). Materiais e Métodos: A amostra foi por conveniência e compreendeu 90 pacientes selecionados entre os meses de agosto e setembro de 2013. Aplicou-se um questionário contendo identificação e questões relacionadas ao sentimento de medo dos pacientes frente à CO. Foram aplicados os testes estatísticos de Qui-Quadrado (p<0,05) e Análise de Risco Estimado Relativo. O intervalo de confiança foi de 95% em ambos. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 33,9. A maioria foi do gênero feminino (57,8%) e 63,3% relatou presença de dor antes da CO. As causas pretéritas de medo estiveram mais associadas ao tratamento endodôntico (32,2%). Entretanto, 65,6% dos pacientes não tiveram medo em qualquer momento, 21,1% apresentaram sensação do medo e 13,3% não se lembraram. A anestesia aparece como fator de medo para 62,2% dos pacientes, motor de alta rotação para 17,8%, isolamento absoluto 12,2% e 7,8% apontaram outros fatores (p>0,05). No caso da análise de risco, os resultados demonstram que idade inferior a 34 anos - 0,167 (0,065-0,426) - e ausência de dor durante o tratamento - 0,242 (0,065-0,905) – são fatores que contribuem para diminuição do medo do dentista. Conclusão: Conclui-se que a presença de dor antes da CO e a anestesia representam fatores que mais causam medo nos pacientes. Em contrapartida, idade inferior a 34 anos e ausência de dor são fatores que contribuem para a diminuição do relato de medo entre os pacientes submetidos a tratamento odontológico.